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terça-feira, 28 de julho de 2009

CARNAVAL


“Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu”...”.
“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...”. – Caetano Veloso

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.

O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos.


Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval. Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis.


Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.


No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.

Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval. Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”.

Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das musicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.


Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.

Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.

O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade, hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

A carne nada vale”. O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento.


Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.


Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade.



A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.



Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.

Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.

Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.



Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.


Processo de loucura e obsessão. As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras.


Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.





Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura.

Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos.

Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos.


Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.



Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apostolo da caridade no Brasil”.

Fonte: Visão Espírita, Março/2000

sexta-feira, 24 de julho de 2009

No Dia dos Pais


De repente me surpreendo, pai Amigo,

Preocupado com a mensagem de carinho,

De quem, feliz, partilha o teu caminho

E se protege nas vibrações de teu abrigo.

O que fazer na festa deste ano?...

Se pouco tenho para oferecer-te.

Mas, o coração me pede para dizer-te

O quanto te quero bem, respeito e amo.

Amigo certo de toda hora que passa,

Ampara a família, por ela vive e labuta.

Na defesa dos filhos enfrenta qualquer luta,

Cumpre o dever para que o lar não se desfaça.

Nas minhas preces rogo sempre ao Senhor,

Por ti, paizinho, que taciturno ou brincalhão,

Jamais descuida da saúde ou da educação,

Dos filhos que sustentas com tanto amor.

Missionário, tua presença encoraja e acalma,

Os filhos que crescem alegres ao teu lado,

Aos quais te mostras severo e até "quadrado",

Mas, revelando sempre a grandeza de tua alma.

Se, por vezes, me rebelo na falsa ilusão,

É porque não sigo, com discernimento e desvelo,

Os exemplos que me dás, como modelo

E por isso peço-te envolver-me com teu perdão.

Minhas vibrações de gratidão e amizade,

Se elevam sempre em súplica ao Bom Deus,

Para que o Bem seja, nos caminhos teus,

Uma constante benção de muita felicidade!


Fonte: Lúcio Abreu - Nas Pétalas da Inspiração
União Espírita Mineira

DIA DOS PAIS - REFLEXÃO


Pai Um novo sábio a cada dia...
Segundo a Enciclopédia Livre Wikipédia , o Dia do Pai tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou e escupiu em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.

Em 1909 Sonora Louise Dodd, filha do veterano da Guerra Civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão de sua mãe, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Sonora, de Washington, queria um dia especial em homenagem ao pai, que viu sua mulher dando a luz ao sexto filho, tendo que criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém; foi destemido e amável. Então, já que John Bruce Dodd, pai de sonora, nascera no mês de Junho, ela escolheu celebrar o primeiro Dia dos Pais em Spokane, Washington, no dia 19 de junho de 1910 .
Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro Domingo de Junho como o Dia dos Pais.
Vivemos uma época de profundas transformações quando os valores que regem a sociedade estão sendo questionados. Como nos dias atuais nunca se buscou tanto o prazer e a satisfação doentia das paixões, contudo, ao mesmo tempo, nunca se sentiu tanta falta de orientação e amparo à família que possam preparar o homem para a modernidade, sem levá-lo à bancarrota moral.
. Sem dúvida, as mudanças fazem parte do processo de evolução. Somente com a luz viva da verdade espiritual, com o conhecimento da reencarnação, com o entendimento da destinação evolutiva do homem, com a compreensão da lei de ação e reação, o ser humano conseguirá captar a importância da busca pela riqueza espiritual, cumprindo o mister de renovar a sociedade, renovar os homens.
A renovação das criaturas se fará através da EDUCAÇÃO. A educação se inicia na infância, desde os primeiros momentos do espírito encarnado. E a responsabilidade de educar estas almas que retornam compete aos PAIS
Se há grande importância em dirigir um carro, dirigir uma empresa, maior ainda é a importância de dirigir um espírito eterno em seus primeiros passos na presente encarnação. As situações meramente humanas passam, mas a moral, o caráter, os sentimentos são elementos divinos que caracterizam a alma, que na infância se encontra predisposta à chance de reajustar-se e aprender novas lições.
Em Allan Kardec temos magistral questão: "Pode considerar-se como missão a paternidade? É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro".
O compromisso de sermos pais ou mães foram assumidos na Pátria Espiritual e reafirmados por ocasião de nosso casamento, na formação da nova família. A responsabilidade dos pais é imensa na educação dos filhos. Não somente na preocupação de dar-lhes alimento, vestuário, lazer, escola, conforto, mas principalmente na dedicação em colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes iluminarão os caminhos.
Novamente Kardec elucida: "Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho". Deste modo, ninguém poderá subtrair dos genitores a responsabilidade da tarefa.
Isto não significa, em hipótese alguma, que os pais devam realizar uma incrível "mágica" e transformar seus filhos em "anjos" em alguns anos de convivência. O que Jesus nos pede é que sejamos sempre esforçados e dedicados a tão importante encargo, não desanimando ante as dificuldades ou desprezando o lar pela busca obsessiva dos fatores transitórios..
O Espírito não se modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo, toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido encaminhados a um coração endurecido pelo mal, ainda carregando muitas dificuldades.
Não haverá consciência atormentada quando formos pais leais, devotados e sinceros, mesmo com a tristeza de ver nossos filhos incursionando pelos caminhos do desequilíbrio e da ilusão. O que causará grande tormenta em nossa consciência será a preguiça no exercício de nosso papel paterno/materno, o amor sem limites que cega, a profunda má vontade de grande parte dos pais que acham já saberem tudo, não enxergando suas falhas, e a falta de humildade em reconhecer-nos ainda insipientes quanto aos conhecimentos acerca da educação. Não somos responsáveis pelas imperfeições de nossos filhos, mas, sim, se adubamos essas tendências infelizes ou se não as combatemos quanto podíamos.
O mais importante não é darmos "shows" de virtudes paternais, e sim que nossos filhos, ao deixarem a vida física, estejam mais enriquecidos espiritualmente e moralmente do que quando chegaram a ela, mesmo que teimem em recalcitrar, resistindo teimosamente em abandonar às próprias sombras.
Santo Agostinho esclarece-nos: "Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência".
Para os pais espíritas o grau de compromisso aumenta, tendo em vista o rico e inestimável material que trazem em mãos: a DOUTRINA ESPÍRITA. Com o horizonte descerrado pelo Espiritismo, a compreensão dilatada da realidade espiritual, o trabalho educativo ganha uma dimensão mais profunda e as possibilidades de acerto se multiplicam. Compete a estes pais aproveitarem a fecundidade destes recursos.
Devemos desenvolver o caráter de nossos tutelados, ministrar-lhes as noções religiosas imprescindíveis, oferecer-lhes o melhor esforço de exemplificação, dar-lhes assistência material e moral constante, indicar-lhes um rumo certo a seguir, orientar-lhes constante e carinhosamente, apoiá-los, protegê-los, ajudá-los, ser-lhes amigos, amá-los, animá-los em seus ideais, incentivá-los em suas virtudes, auxiliá-los a enfrentarem as influências perniciosas, a invigilância, a ignorância.
O grande trabalho dos pais não é esconder o filho dos problemas, e sim prepará-los, dando-lhes as armas com as quais poderá triunfar sobre estes desafios. Podemos dizer que, antes de conhecer o Espiritismo, educar era difícil; agora, com o Espiritismo, continua e às vezes até aumenta a dificuldade. Só que estaremos tão mais bem preparados que, a par da dificuldade,produzimos e acertamos mais.
E, para isso, procuremos na Casa Espírita a escola da alma que nos amparará e iluminará na grande missão a cumprir. Aos pais e dirigentes espíritas envia-se o alerta: que em todos os agrupamentos espíritas nasçam atividades voltadas para a preparação e apoio aos pais.
QUE NÓS, PAIS ESPÍRITAS, SEJAMOS OS TRADUTORES DE JESUS JUNTO A NOSSOS FILHOS, ILUMINADOS PELO EVANGELHO, EDUCANDO-OS COM SEGURANÇA E CONVICÇÃO. Do livro: Um Desafio Chamado Família
Eu te amo, hoje e sempre, meu pai... IMAGENS DA INTERNET ADEMIR MUNHOZ

PROFESSORES DIFERENTES



Entre familiares e amigos, encontras, na Terra, a oficina do teu
burilamento.
Com raras exceções, todos apresentam problemas a resolver.
Problemas na emoção e no pensamento.
Problemas na palavra e na ação.
Problemas no lar e no trabalho.
Problemas no caminho e nas relações.
Prossegues, assim, junto deles, como quem respira ao pé de múltiplos
instrutores num instituto de ensino.
Muitos reclamam trabalho, lecionando-te paciência, enquanto outros te
ferem a sensibilidade, diplomando-te em sacrifício. Há os que te escandalizam
incessantemente, adestrando-te em piedade, e aqueles que te golpeiam a
alma, com as lâminas invisíveis da ingratidão, para que aprendas a perdoar.
E as lições vão surgindo, à maneira de testes inevitáveis.
Agora, é o esposo que deserta, dobrando-te a carga de obrigações, ou,
noutras circunstâncias, é a esposa que se rebela aos compromissos,
agoniando-te as horas... Hoje, ainda, são os pais que te contrariam as
esperanças, os filhos que te aniquilam os sonhos ou os amigos que se
transformam em duros entraves no serviço a fazer.
Nenhum problema, entretanto, aparece ao acaso, e, por isso, é imperioso
te armes de amor para a luta íntima.
Fugir da dificuldade é, muitas vezes, a idéia que te nasce como sendo o
melhor remédio. Semelhante atitude, porém, seria o mesmo que debandar,
menosprezando as exigências da educação.
Carrega, pois, com serenidade e valor o fardo de aflições que o pretérito te
situa nos ombros, convicto de que os associados complexos do destino são
antigos parceiros de tuas experiências, a repontarem do caminho, solicitando
contas e acertos.
Seja qual for o ensinamento de que se façam intérpretes, roga à Sabedoria
Divina te inspire a conduta, a
fim de que não percas o merecimento da escola a que a
vida te conduziu.
Ainda mesmo em lágrimas, lê, sem revolta, no livro do coração, as páginas
de dor que te imponham, ofertando-lhes por resposta as equações do amor
puro, em forma de tolerância e bondade, auxílio e compreensão.
Recorda que o próprio Cristo, sem débito algum, transitou, cada dia, na
Terra, entre esses professores diferentes do espírito. E, solucionando, na base
da humildade, os problemas que recebia na atitude e no comportamento de
cada um, submeteu-se, a sós, à prova final da suprema renúncia, à qual
igualmente te submeterás, um dia, na conquista da própria sublimação — o
único meio de te elevares ao clima glorioso dos companheiros já redimidos que
te aguardam, vitoriosos, nas eminências da Espiritualidade.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A 1ª Mensagem enviada por Chico Xavier

16/10/2003
QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS,
JESUS NOS ABENÇOE

Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa inesquecível Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.
Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar adiante o compromisso abraçado.
Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não saiba o que lhes dizer com exatidão.
Aqui compareço, nesta manhã, na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e sinceramente, não me reconheço sob regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam e devem continuar esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamo-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertencem a eles mesmos e muito menos a mim, que prossigo deste Outro Lado da Vida me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de colocar de lado o personalismo e não tomarmos o caminho da polêmica inútil.
Não nos dispersemos, despendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui... O que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter?! Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da posição que os amigos me colocam.
A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar seqüência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrevo-lhes nesta hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e nem nos induzam ao esquecimento de nossas obrigações fundamentais.
Eu jamais seria capaz de silenciar ou considerar-me um espírito diferente de tantos outros - embora minha total desvalia -, que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitarem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não fragilizem na vivência do ideal.
Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrados à todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento.
Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.
Com minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores de nossa Causa, sempre o seu
Chico
Chico Xavier

(Mensagem psicografada pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do dia 22 de junho de 2003, na sede do Centro Espírita Beneficente "Bezerra de Menezes", na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Brasil)
jornalismo RBN