Cantinho Espiritual Amor e Caridade Filhos do Peregrino - Fabiano de Cristo. Uma associação espírita voltada para o cultivo do bem e da caridade.
LOCALIZAÇÃO
Rua Francisco Ferreira, 1644 - Vila Nery - São Carlos SP
sábado, 22 de novembro de 2008
NO MUNDO MAIOR - Livro falado
Na jornada evolutiva
Dos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, emandando o país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura européia, de tumultuárias cidades ameericanas, de velhos círculos asiáticos, de ásperos climas africanos. Procedem das metrópoles, das vilas, dos campos ...
Raros viveram nos montes da sublimação, vinculados aos deveres nobilitantes. A maioria constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade. Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “mare magnum” da humanidade em contínua experimentação. Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente nos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíam a indébita condição de “eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se com penetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino tormento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do materialismo cego, fiavam, sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, raros excetuados, contavam, levianos e inconseqüentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.
Onde albergar a estranha e infinita caravana? como designar a mesma estação de destino a viajantes de cultura, posição e bagagem tão diversas?
Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta Individual, diante da Lei Divina, que distingue, invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade e a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homens diligentes e homens preguiçosos.
Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os delinqüentes, se o dicionário divino inscreve a letras de logo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? Determinaria o Senhor o cultivo compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria? Glorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão sÔmente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?
A lógica e o bom-senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis. A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a glórias imarcescíveis?
Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luiz, que nos tece informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.
Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de gozos contemplativos, exuberante de conforto melifico. Prefeririam a despreocupação das galerias, em beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigioso. espetáculos, cujos números mais surpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis de vestidura brilhante.
A missão de André Luiz é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis; em cuja posse jamais entraremos sem a Indispensável aquisição de Sabedoria e de Amor.
Para isto, não lidamos em milagrosos laboratórios de felicidade improvisada, onde se adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Sela nos campos de forças condensadas, quais os da luta física, seja nas esferas de energias sutis, quais as do plano superior, os ascendentes que nos presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura e simples, com indefectível justiça a seguirmos de perto, à claridade gloriosa e com passiva do Divino Amor.
A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura trans-porá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado, e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte.
Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “o Reino do Senhor não vem com aparências externas”.
Os companheiros que compreendem, na experiência humana, a escada sublime, cujos degraus há que vencer a preço de suor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentro da prática Incessante do bem, não se surpreenderão com as narrativas do mensageiro interessado no servir por amor. Sabem eles que não teriam recebido o dom da vida para matar o tempo, nem a dádiva da’ fé para confundir os semelhantes, absorvidos, que se acham, na execução dos Divinos Desígnios. Todavia, aos crentes do favoritismo, presos à teia de velhas ilusões, ainda quando se apresentem com os mais respeitáveis títulos, as afirmativas do emissário fraternal provocarão descontentamento e perplexidade.
É natural, porém: cada lavrador respira o ar do campo que escolheu.
Para todos, contudo, exoramos a bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para nós.
EMMANUEL
Pedro Leopoldo, 25 de março de 1947.
Um livro psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Dos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, emandando o país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura européia, de tumultuárias cidades ameericanas, de velhos círculos asiáticos, de ásperos climas africanos. Procedem das metrópoles, das vilas, dos campos ...
Raros viveram nos montes da sublimação, vinculados aos deveres nobilitantes. A maioria constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade. Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “mare magnum” da humanidade em contínua experimentação. Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente nos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíam a indébita condição de “eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se com penetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino tormento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do materialismo cego, fiavam, sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, raros excetuados, contavam, levianos e inconseqüentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.
Onde albergar a estranha e infinita caravana? como designar a mesma estação de destino a viajantes de cultura, posição e bagagem tão diversas?
Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta Individual, diante da Lei Divina, que distingue, invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade e a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homens diligentes e homens preguiçosos.
Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os delinqüentes, se o dicionário divino inscreve a letras de logo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? Determinaria o Senhor o cultivo compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria? Glorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão sÔmente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?
A lógica e o bom-senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis. A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a glórias imarcescíveis?
Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luiz, que nos tece informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.
Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de gozos contemplativos, exuberante de conforto melifico. Prefeririam a despreocupação das galerias, em beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigioso. espetáculos, cujos números mais surpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis de vestidura brilhante.
A missão de André Luiz é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis; em cuja posse jamais entraremos sem a Indispensável aquisição de Sabedoria e de Amor.
Para isto, não lidamos em milagrosos laboratórios de felicidade improvisada, onde se adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Sela nos campos de forças condensadas, quais os da luta física, seja nas esferas de energias sutis, quais as do plano superior, os ascendentes que nos presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura e simples, com indefectível justiça a seguirmos de perto, à claridade gloriosa e com passiva do Divino Amor.
A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura trans-porá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado, e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte.
Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque “o Reino do Senhor não vem com aparências externas”.
Os companheiros que compreendem, na experiência humana, a escada sublime, cujos degraus há que vencer a preço de suor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentro da prática Incessante do bem, não se surpreenderão com as narrativas do mensageiro interessado no servir por amor. Sabem eles que não teriam recebido o dom da vida para matar o tempo, nem a dádiva da’ fé para confundir os semelhantes, absorvidos, que se acham, na execução dos Divinos Desígnios. Todavia, aos crentes do favoritismo, presos à teia de velhas ilusões, ainda quando se apresentem com os mais respeitáveis títulos, as afirmativas do emissário fraternal provocarão descontentamento e perplexidade.
É natural, porém: cada lavrador respira o ar do campo que escolheu.
Para todos, contudo, exoramos a bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para nós.
EMMANUEL
Pedro Leopoldo, 25 de março de 1947.
Um livro psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Baixe o livro falado clicando abaixo:
Parte 1.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
BEZERRA DE MENEZES E O DIÁRIO DE UM ESPÍRITO
DOMINGO EM SÃO CARLOS
BEZERRA DE MENEZES E O DIÁRIO DE UM ESPÍRITO"EM BREVE APRESENTAÇÃO DE 16/11/2008 A 20/11/2008
O Cine São Carlos vai exibir, à partir do dia 16 (domingo) até dia 20(quinta-feira) de novembro, o filme "Bezerra de Menezes e o diário de um espírito". As sessões são as 19h30 e 21h30, aos sábados e domingos e de segunda à sexta-feira, às 21h30. A entrada custa R$8,00 a inteira e R$4,00 a meia. Às quartas-feiras a entrada vai custar R$ 3,00. Mais informações pelo telefone: 333307.6006. O Cine São Carlos fica na rua major José Inácio, 2154.
ISSO É DA LEI DE DEUS
Tolera, construindo
Todo o bem que puderes
Não exija dos outros
Dons que ainda te faltam.
Erros nos companheiros
Poderiam ser nossos.
Aceita as provações
Por exames de fé.
Trarás contigo a paz
Que fizeres nos outros.
Temos sempre o que damos.
Isso é a lei de Deus.
Todo o bem que puderes
Não exija dos outros
Dons que ainda te faltam.
Erros nos companheiros
Poderiam ser nossos.
Aceita as provações
Por exames de fé.
Trarás contigo a paz
Que fizeres nos outros.
Temos sempre o que damos.
Isso é a lei de Deus.
Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro - "Tocando o Barco" - EDIÇÃO IDEAL
sábado, 8 de novembro de 2008
DEIXAI OS MORTOS ENTERRAREM SEUS MORTOS
Após a transfiguração, quando Jesus ia em direção à Jerusalém, pelo caminho viu um moço e pediu-lhe que o seguisse. O moço respondeu que iria, mas que primeiro precisava enterrar seu pai, que havia morrido. Jesus retruca ao moço que ele deveria deixar os mortos enterrar os seus mortos e recomendou-lhe que fosse anunciar o Reino de Deus.
Para muitos, isso é um absurdo, e Jesus não teria tido esse diálogo, narrado em Mateus e Lucas. Estariam então errados os evangelistas? O Espiritismo tem uma posição a respeito, que pode, inclusive, ser encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXIII, intitulado Moral Estranha, nos itens 7 e 8.
Com relação ao tema, é importante atentarmos para o fato de que Jesus não quis dizer que devemos deixar os cadáveres sem sepultura, mas desejou, como sempre, deixar um ensinamento. Por isso, suas palavras têm um sentido mais profundo. Jesus falou em mortos, não em cadáveres, e recomendou a divulgação do Reino de Deus, que é a vida eterna, a vida do espírito, pois a vida na matéria é temporária e serve como etapa para nossa evolução, nosso crescimento espiritual.
Ainda hoje, para todos nós, é difícil vivermos em conformidade com essa crença, pois agimos em nosso dia-a-dia como se tudo acabasse aqui e como se somente a matéria e a vida material tivessem sentido! Sabemo-nos imortais, mas agimos como mortais!
Foi com relação a isso, o alerta de Jesus. Na verdade, ele dividiu a Humanidade em dois grupos: os mortos para a vida espiritual e os vivos para a vida espiritual.
Os mortos para a vida espiritual são como almas mortas em corpos vivos, ou seja, espíritos sem fé, sem esperança no futuro, pobres de sentimento nobres e de virtudes. Para esse grupo, o dia da morte é o fim, é o dia da condenação, da tomada de contato com algo que desconhece e com um momento para o qual não se preparou. Para os vivos, a morte do corpo é a libertação do espírito.
Para os mortos para a vida espiritual, os cerimoniais e as homenagens têm fundamental importância. Esses guardam os objetos que pertenceram aos outros como relíquias, como um “pedaço” daquele que se foi.
Jesus não criticou essa postura que, aliás, até hoje é seguida pela Humanidade, mas ressaltou e recomendou a necessidade de vivermos e valorizarmos a vida do espírito, deixando de nos inquietar com o corpo e as coisas materiais. Além disso, recomendou a divulgação do Reino de Deus, ou seja, que digamos aos outros e demonstremos que a nossa verdadeira pátria não se encontra na Terra, no Plano Material, mas no Plano Espiritual, onde se vive a verdadeira vida.
No dia de hoje, essas palavras de Jesus são muito atuais, ainda, e o Dia de Finados é um exemplo, provando o quanto ainda somos ligados às coisas da matéria, em vez de nos ligarmos às coisas do espírito.
Atenção! Isso não significa que o Espiritismo condena as cerimônias fúnebres ou as visitas aos cemitérios. Para muitos isso ainda é fundamental!
O Espiritismo, mostrando a atualidade dos ensinamentos de Jesus, alerta-nos sobre a importância de cada dia mais nos ligarmos às coisas do espírito, ressaltando que o respeito aos mortos está muito além das cerimônias e das visitas do Dia de Finados. O respeito e as honras estão em nossa postura cotidiana, naquilo que fazemos pelo próximo e na forma como falamos dos que já abandonaram esta roupagem terrestre. De que adianta no Dia de Finados irmos ao cemitério, levarmos flores, se no dia-a-dia falamos mal desse que se foi? Isso é respeito?
Só há uma forma de mostrarmos o nosso respeito: é exercitando o amar ao próximo! Quando aprendermos a amar incondicionalmente, teremos nos desligado das coisas materiais. A partir daí, o enterrar nossos mortos será apenas um ato higiênico, de enterrar cadáveres, que são carne sem vida, e de respeito por um corpo que ajudou um espírito em sua evolução e que agora será desagregado e por isso dispensa cultos e homenagens, pois na essência, que é o espírito, a vida não cessou.
Para a Doutrina Espírita, a morte é uma separação temporária, e a forma ideal de se demonstrar saudades e respeito é com preces fervorosas e bons pensamentos, sem datas marcadas. Essas ações vibram no espaço e levam reconforto até os que deixaram o plano material pela certeza de que não foram esquecidos. Não será também essa uma forma de cumprir a recomendação de Jesus e anunciar o Reino de Deus?
Se ainda temos necessidade de homenagear nossos mortos da forma tradicional, não há problemas, mas vamos procurar mesclar as coisas. Se já não pensamos assim, mas se nossos mortos e outros ainda encarnados necessitam desse tipo de homenagem, vamos respeitá-los, mas sempre procurando mostrar a eles, pelas nossas ações, que a vida material é passageira e que os bens do espírito é que são eternos e devem ser cultivados.
Oremos pelos que se foram, não só amanhã, mas sempre, mas oremos, também, pelos mortos em espírito, para que eles despertem e passem a se dedicar à vida que realmente vale a pena.
- Kátia Penteado (SP)
Para muitos, isso é um absurdo, e Jesus não teria tido esse diálogo, narrado em Mateus e Lucas. Estariam então errados os evangelistas? O Espiritismo tem uma posição a respeito, que pode, inclusive, ser encontrada no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXIII, intitulado Moral Estranha, nos itens 7 e 8.
Com relação ao tema, é importante atentarmos para o fato de que Jesus não quis dizer que devemos deixar os cadáveres sem sepultura, mas desejou, como sempre, deixar um ensinamento. Por isso, suas palavras têm um sentido mais profundo. Jesus falou em mortos, não em cadáveres, e recomendou a divulgação do Reino de Deus, que é a vida eterna, a vida do espírito, pois a vida na matéria é temporária e serve como etapa para nossa evolução, nosso crescimento espiritual.
Ainda hoje, para todos nós, é difícil vivermos em conformidade com essa crença, pois agimos em nosso dia-a-dia como se tudo acabasse aqui e como se somente a matéria e a vida material tivessem sentido! Sabemo-nos imortais, mas agimos como mortais!
Foi com relação a isso, o alerta de Jesus. Na verdade, ele dividiu a Humanidade em dois grupos: os mortos para a vida espiritual e os vivos para a vida espiritual.
Os mortos para a vida espiritual são como almas mortas em corpos vivos, ou seja, espíritos sem fé, sem esperança no futuro, pobres de sentimento nobres e de virtudes. Para esse grupo, o dia da morte é o fim, é o dia da condenação, da tomada de contato com algo que desconhece e com um momento para o qual não se preparou. Para os vivos, a morte do corpo é a libertação do espírito.
Para os mortos para a vida espiritual, os cerimoniais e as homenagens têm fundamental importância. Esses guardam os objetos que pertenceram aos outros como relíquias, como um “pedaço” daquele que se foi.
Jesus não criticou essa postura que, aliás, até hoje é seguida pela Humanidade, mas ressaltou e recomendou a necessidade de vivermos e valorizarmos a vida do espírito, deixando de nos inquietar com o corpo e as coisas materiais. Além disso, recomendou a divulgação do Reino de Deus, ou seja, que digamos aos outros e demonstremos que a nossa verdadeira pátria não se encontra na Terra, no Plano Material, mas no Plano Espiritual, onde se vive a verdadeira vida.
No dia de hoje, essas palavras de Jesus são muito atuais, ainda, e o Dia de Finados é um exemplo, provando o quanto ainda somos ligados às coisas da matéria, em vez de nos ligarmos às coisas do espírito.
Atenção! Isso não significa que o Espiritismo condena as cerimônias fúnebres ou as visitas aos cemitérios. Para muitos isso ainda é fundamental!
O Espiritismo, mostrando a atualidade dos ensinamentos de Jesus, alerta-nos sobre a importância de cada dia mais nos ligarmos às coisas do espírito, ressaltando que o respeito aos mortos está muito além das cerimônias e das visitas do Dia de Finados. O respeito e as honras estão em nossa postura cotidiana, naquilo que fazemos pelo próximo e na forma como falamos dos que já abandonaram esta roupagem terrestre. De que adianta no Dia de Finados irmos ao cemitério, levarmos flores, se no dia-a-dia falamos mal desse que se foi? Isso é respeito?
Só há uma forma de mostrarmos o nosso respeito: é exercitando o amar ao próximo! Quando aprendermos a amar incondicionalmente, teremos nos desligado das coisas materiais. A partir daí, o enterrar nossos mortos será apenas um ato higiênico, de enterrar cadáveres, que são carne sem vida, e de respeito por um corpo que ajudou um espírito em sua evolução e que agora será desagregado e por isso dispensa cultos e homenagens, pois na essência, que é o espírito, a vida não cessou.
Para a Doutrina Espírita, a morte é uma separação temporária, e a forma ideal de se demonstrar saudades e respeito é com preces fervorosas e bons pensamentos, sem datas marcadas. Essas ações vibram no espaço e levam reconforto até os que deixaram o plano material pela certeza de que não foram esquecidos. Não será também essa uma forma de cumprir a recomendação de Jesus e anunciar o Reino de Deus?
Se ainda temos necessidade de homenagear nossos mortos da forma tradicional, não há problemas, mas vamos procurar mesclar as coisas. Se já não pensamos assim, mas se nossos mortos e outros ainda encarnados necessitam desse tipo de homenagem, vamos respeitá-los, mas sempre procurando mostrar a eles, pelas nossas ações, que a vida material é passageira e que os bens do espírito é que são eternos e devem ser cultivados.
Oremos pelos que se foram, não só amanhã, mas sempre, mas oremos, também, pelos mortos em espírito, para que eles despertem e passem a se dedicar à vida que realmente vale a pena.
- Kátia Penteado (SP)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
BEM-AVENTURADOS OS SIMPLES
E subindo ao monte, diante da multidão, o Cristo, acima de tudo, destacou aqueles que o seguiam, despojados da embriaguez gerada pelo vinho da ilusão.
E comoveu-se ao fitá-los...
Sim, todos eles estavam pobres, ainda os de cérebro culto e veste impecável.
Pobres de sutilezas;..
Pobres de artifícios...
Desarmados de poderes terrestres...
Destituídos de ambições humanas...
Enterneceu-se Jesus, compreendendo que somente sobre eles, espíritos exonerados da mentira e desenfaixados do personalismo inferior, é que poderia edificar as construções iniciais da Boa Nova e situou-os, em primeiro lugar, na glória celeste, proclamando:
— Bem-aventurados os simples de espírito, porque deles é o reino dos Céus... (1)
Pensando neles, os companheiros reencarnados, dos-pretensiosos e sinceros, que desejam aprender com a verdade, Valérium escreveu este livro.
Entregando-o, pois, aos amigos de esperança firme e coração singelo, rogamos ao Divino Mestre nos faça a todos também simples, a fim de que nos identifiquemos com a grandeza simples do autor e nos coloquemos, igualmente, à sombra acolhedora da bem-aventurança..
EMMANUEL
Uberaba, 31 de março de 1962.
(1) No versículo 3, do capítulo 5, do Evangelho segundo Mateus, a palavra do Cristo expressa-se nestes termos: — “Bem-aventurados os pobres de espírito, por que deles é o reino dos Céus.” — Nota de Emmanuel.
E comoveu-se ao fitá-los...
Sim, todos eles estavam pobres, ainda os de cérebro culto e veste impecável.
Pobres de sutilezas;..
Pobres de artifícios...
Desarmados de poderes terrestres...
Destituídos de ambições humanas...
Enterneceu-se Jesus, compreendendo que somente sobre eles, espíritos exonerados da mentira e desenfaixados do personalismo inferior, é que poderia edificar as construções iniciais da Boa Nova e situou-os, em primeiro lugar, na glória celeste, proclamando:
— Bem-aventurados os simples de espírito, porque deles é o reino dos Céus... (1)
Pensando neles, os companheiros reencarnados, dos-pretensiosos e sinceros, que desejam aprender com a verdade, Valérium escreveu este livro.
Entregando-o, pois, aos amigos de esperança firme e coração singelo, rogamos ao Divino Mestre nos faça a todos também simples, a fim de que nos identifiquemos com a grandeza simples do autor e nos coloquemos, igualmente, à sombra acolhedora da bem-aventurança..
EMMANUEL
Uberaba, 31 de março de 1962.
(1) No versículo 3, do capítulo 5, do Evangelho segundo Mateus, a palavra do Cristo expressa-se nestes termos: — “Bem-aventurados os pobres de espírito, por que deles é o reino dos Céus.” — Nota de Emmanuel.
A CONFERÊNCIA
Convidado a fazer uma preleção sobre a crítica, o conferencista compareceu ante o auditório superlotado, sobraçando pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra d’água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores colhidas de corbelhas próximas.
Logo após, apanhou da sacola diversos “biscuits” de inexprimível beleza, representando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça.
Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, com o assombro de todos, colocou pequenina lagartixa num frasco de vidro.
Só então comandou a palavra, perguntando:
— Que vedes aqui, meus irmãos?
E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:
— Um bicho!
— Um lagarto horrível!
— Uma larva!
— Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectação, o pregador considerou:
— Assim é o espírito da critica destrutiva, meus amigos! Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas, nem as preciosidades, nem o Novo Testamento, nem a luz faiscante que acendi... Vistes apenas a diminuta lagartixa...
E concluiu, sorridente:
— Nada mais tenho a dizer...
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra d’água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores colhidas de corbelhas próximas.
Logo após, apanhou da sacola diversos “biscuits” de inexprimível beleza, representando motivos edificantes, e enfileirou-os com graça.
Em seguida, situou na mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, com o assombro de todos, colocou pequenina lagartixa num frasco de vidro.
Só então comandou a palavra, perguntando:
— Que vedes aqui, meus irmãos?
E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:
— Um bicho!
— Um lagarto horrível!
— Uma larva!
— Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectação, o pregador considerou:
— Assim é o espírito da critica destrutiva, meus amigos! Não enxergastes o forro de seda lirial, nem as flores, nem as pérolas, nem as preciosidades, nem o Novo Testamento, nem a luz faiscante que acendi... Vistes apenas a diminuta lagartixa...
E concluiu, sorridente:
— Nada mais tenho a dizer...
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
UM BLOG FATÁSTICO
Espetacular blog apresenta vários livros e palestras espíritas em áudio.
http://audioespirita.blogspot.com/ . É só conferir.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
DEPÓSITO HOSPITALAR
Foi publicada no DIÁRIO OFICIAL em 09/01/02, a
Lei de n° 3.359 de 07/01/02, que dispõe:
Art.1° - Fica proibida a exigência de depósito de qualquer natureza, para possibilitar internação de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada.
Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação.
Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos usuários e a afixarem em local visível a presente lei.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art 2° - Comprovada a exigência do depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação.
Art 3° - Ficam os hospitais da rede privada obrigados a dar possibilidade de acesso aos usuários e a afixarem em local visível a presente lei.
Art 4° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
*Não deixe de repassar aos seus amigos, parentes, conhecidos, enfim. Uma lei como essa, que deveria ser divulgada pelos próprios hospitais, está praticamente escondida! E isso vem desde 2002. Estamos em 2008!
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